Eis o tempo de conversão!
Caríssimos Irmãos, estamos prestes a vivenciarmos um tempo muito rico na nossa caminhada para o céu.
Na Quarta-Feira de Cinzas, o sacerdote coloca um pouquinho de cinzas sobre nossas cabeças, e diz “Convertei-vos e Crede no Evangelho”.
O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, “Voltamos ao pó” que as cinzas lembram, por isso a necessidade de voltarmos a amizade com Deus, como nos afirma São Paulo: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20).
É também um tempo onde sou convidado a pratica do Jejum, da Esmola e da Oração, práticas que a Igreja chama de “remédios contra o pecado”.
É também um tempo propicio para meditar profundamente a palavra de Deus, especialmente os Evangelhos e a vida dos Santos. Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. Por isso, esse tempo é também um tempo de viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc…) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.
E sobretudo devemos ser solidários para com os que pouco ou nada tem.
A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz: é um meio, não um fim, e é também tempo de reavaliarmos o nosso comportamento diante de Deus e do próximo.
É tempo de olharmos para dentro do nosso coração e perceber quanto a coisa precisa ser mudada… Para isso podemos fazer uma Confissão bem-feita, que é o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a Confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: “a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados”.
Meus irmãos, Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.
Desejo a todos que essa Quaresma seja frutuosa no sentido de buscarmos em cada dia a nossa conversão, e que possamos viver intensamente esse retiro de quarenta dias.
Que o bom Deus nos ajude e nos abençoe.
Padre Flavio – Pároco