Formação Catequética

Subsídios para a Catequese

Nesta página apresentamos de forma resumida alguns tópicos de Formação Catequética importantes para a Catequese. Para um estudo aprofundado e material para as atividades veja o tópico final com índice das páginas do [ ESTUDO CATEQUÉTICO ]


JESUS CRISTO

Deus não abandona o homem e, apesar do pecado do homem, Ele, por seu infinito amor, oferece-lhe uma nova oportunidade de chegar à plena felicidade. Promete-lhe um Salvador que nascerá de uma mulher (Gn 3,15). Jesus, o Messias esperado O Senhor Jesus é o Salvador anunciado pelo Gênesis. Ele é o “Messias”, o enviado de Deus. É o Verbo (Jo 1,1), o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que se encarnou (se fez homem) pela Virgem Maria, para a nossa Salvação.

Eis uma prova do amor de Deus por nós: “Porque tanto amou Deus ao mundo, que deu seu Filho Único, para que todo o que crer n’Ele não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Jesus, Deus feito homem, é o esperado pela humanidade, para curar as feridas do pecado.

Em Jesus Cristo se cumprem todas as profecias e sua vinda ao mundo acaba com toda a expectativa, pois Jesus Cristo veio nos trazer a salvação: veio nos reconciliar. Cristo Reconciliador A importância de Cristo para nossas vidas, concentra-se na sua missão de reconciliador (2Cor 5,18-19). Pelo mistério de sua Paixão – Morte – Ressurreição, Cristo tem sanado em nós as rupturas geradas pela pecado. Cristo nos reconcilia:

  • COM DEUS: Cristo restaura a semelhança perdida, tornando possível ao homem comunicar-se novamente com o Pai. Limpa a Imagem Divina, obscurecida pelo pecado e à partir desta reconciliação fundamental, abre-nos o caminho para as demais reconciliações.
  • CONOSCO MESMO: Cristo permite que nos reconciliemos conosco mesmo. Ele é o modelo do homem reconciliado, sendo idêntico a qualquer um de nós em tudo, menos no pecado (HB 2,17-18). Ele nos mostra como viver uma vida autêntica, plena, e nos mostra quem somos verdadeiramente.
  • COM OS DEMAIS: Cristo passou pelo mundo “fazendo o bem” (At 10,38) e estabeleceu o mandamento do amor (Jo 15,12-17). Com sua palavra e sua entrega, ensinou que não há maior amor que dar a própria vida (Jo 15,13), sendo que Ele mesmo “amou até ao extremo” (Jo 13,1).

A IGREJA

Novo povo de Deus. Deus não quis salvar os homens isoladamente, mas quis que cada um escolhesse a salvação, formando parte de um mesmo povo. Por isso, escolheu na antigüidade o povo de Israel e preparou-o para receber o Messias (Gn 12,2-3), refazendo a Antiga Aliança de Deus com Israel. Cristo veio estabelecer a Aliança Nova e Eterna, veio chamar todos os homens, este Novo Povo de Deus que caminha para a salvação.

Este novo Povo de Deus é a Igreja. Corpo Místico de Cristo Todos os cristãos estão unidos a Cristo de maneira misteriosa, porém real. Esta união se dá em virtude do Batismo e por ela, somos membros do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. Neste Corpo, cada um de seus membros tem uma função específica, de acordo com os dons recebidos do Espírito Santo.

Cada membro é insubstituível em sua função. Cristo é a cabeça deste Corpo Místico (Col 1,15-18): todos os membros devem conformar-se a Ele. Humana e Divina A Igreja é: Humana: Porque é composta por homens que são pecadores e falíveis, mas que buscam nela a salvação e a perfeição, ou seja, a santidade. Divina: Porque foi instituída pelo Senhor Jesus, Deus feito homem (Mt 16,18), e também porque é permanentemente assistida pelo Espírito Santo (At 2,1ss), Una, Santa, Católica e Apostólica. Ao professar nossa fé, afirmamos que a Igreja é:

  • Una: Porque Cristo fundou uma só Igreja. Ela possui uma só fé, um culto igual em todo o mundo e em todos os idiomas, uma só autoridade eu é o Papa (juntamente com o Bispos).
  • Santa: Porque como instituição fundada por Cristo, não tem mancha de pecado. É Santa em sua cabeça: Jesus Cristo, Santa em sua Doutrina, Santo é o Espírito que a vivifica e os Sacramentos que administra, transmitem santidade. Seus membros (os homens) podem cair, e de fato caem, mas o Espírito que os anima permanece sempre puro, purificando e reconciliando os membros e impedindo que “as portas do inferno prevaleçam sobre ela” (Mt 16,18).
  • Católica: Porque é universal e todos os homens são chamados a incorporar-se à Igreja.
  • Apostólica: Porque crê nos apóstolos e ensina tudo o que eles pregaram; porque os fiéis se submetem a seus pastores, reconhecendo neles, os sucessores dos apóstolos.

O CREDO

O Credo é a síntese das verdades, nas quais todo o cristão deve crer. Nele, professamos a nossa Fé: “Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu Único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria. Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.”

O que afirmamos no Credo?

01-CREIO EM DEUS PAI, TODO-PODEROSO, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA: Há um só Deus eterno; n’Ele há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O poder de Deus é infinito, pois Ele é o criador de tudo.

02-E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR: Jesus Cristo é o Filho de Deus, é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que se fez homem para nos salvar.

03-QUE FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO. NASCEU DA VIRGEM MARIA: Jesus Cristo se encarnou (tomou a natureza humana) por obra do Espírito Santo (mistério) e para isso, escolheu uma Mãe: Maria. Ele é realmente a Mãe de Deus e, por graça especial do mesmo Deus, concebeu a Jesus sendo virgem, nela permanecendo durante e depois do parto.

04-PADECEU SOB PONCIO PILADO, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO: Cristo morreu, para nos salvar. Na época em que Pôncio Pilatos era o governador romano da Judéia, Jesus Cristo foi preso como uma criminoso e sofreu dolorosa paixão, até morrer.

05-DESCEU À MANSÃO DOS MORTOS: Com sua morte, Jesus permitiu a entrada ao céu de todos aqueles justos, que morreram antes da sua encarnação.

06-RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA: Jesus Cristo venceu a morte e o pecado; ressuscitou dentre os mortos, dando testemunho de seu poder e de sua divindade.

07-SUBIU AOS CÉUS ONDE ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI, TODO-PODEROSO: Depois da sua ressurreição, Jesus Cristo permaneceu 40 dias na terra, instruindo os apóstolos e, terminado esse tempo, subiu aos céus, glorioso e triunfante.

08-DONDE HÁ DE VIR A JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS: Ao final dos tempos, Jesus Cristo virá julgar definitivamente, vivos e mortos. Aqueles que optarem por Deus ao longo de suas vidas e se purificarem de suas faltas aqui na terra, mantendo sua opção e morrendo em estado de graça, receberão, como recompensa, a felicidade eterna junto a Deus do céu. Quem também optou por Deus, morreu em estado de graça mas ainda deve purificar-se das faltas antes cometidas, permanecerá em um estado intermediário (purgatório) até que, plenamente conformado em Cristo, gozará da felicidade eterna junto a Deus. Quem ao longo de sua vida optou contra o Amor e a Verdade, e morrendo afastado de Deus, encontra como conseqüência de sua opção a distância eterna do Senhor, a infelicidade eterna, no inferno.

09-CREIO NO ESPÍRITO SANTO: É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e com seus dons, vivifica constantemente os fiéis.

10-NA SANTA IGREJA CATÓLICA: A Igreja, fundada por Jesus Cristo e assistida pelo Espírito Santo, é a reunião de todos os batizados, numa comunidade que busca ser fiel ao Senhor e à sua vontade, alcançando assim a salvação. Tem a missão de fazer com que todos os homens conheçam Jesus Cristo, e também de fazer com que seu Reino se estenda por todo o mundo.

11-NA COMUNHÃO DOS SANTOS: Estamos todos unidos no mesmo Corpo Místico de Cristo: os fiéis vivos, na Igreja Militante e Peregrina; os mortos que se purificam, buscando sua plena conformação com Cristo, na Igreja Purgante; quem já goza da felicidade no Amor de Deus, na Igreja Triunfante. Uma União Comum (comum união), um vínculo real e misterioso; significa que as boas obras de cada membro da Igreja reverte a todos os demais, entre todos os membros da Igreja (incluindo os vivos e os mortos na graça).

12-NA REMISSÃO DOS PECADOS: Jesus Cristo dá à Igreja, pelo Sacramento da Penitência e pela realização de seus sacerdotes, o poder de perdoar os pecados, de apagá-los.

13-NA RESSURREIÇÃO DA CARNE: Como Cristo ressuscitou, assim também todos aqueles que se conformam plenamente a Ele, ressuscitarão.

14-NA VIDA ETERNA. AMÉM: Uma vez ressuscitados, viveremos eternamente.


OS 10 MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS

Sentido da moral cristã Deus quer o melhor para o homem; esta é a moral cristã estabelecida por Deus. Todo preceito busca conduzir o homem, à realização mais plena e autêntica de sua natureza, no amor. A religião cristã não é uma religião de preceitos, de cumprir leis, mas é uma religião de amor. Assim se deve entender os mandamentos e, antes de tudo, o encontro com o Deus vivo. Os dez Mandamentos, Os Mandamentos de Deus nos chamam a:

01-AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS: Crer, amar, confiar, adorar a Deus. Não adorar falsos deuses.

02-NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO: Cumprir toda promessa feita a Deus ou em nome de Deus. Evitar todo juramento inútil, não jurar em falso, nem falar mal de Deus ou da religião (blasfemar).

03-GUARDAR OS DOMINGOS E FESTAS: Participar da Missa todos os domingos e festas de guarda, com atenção e reverência.

04-HONRAR PAI E MÃE: Amar, respeitas, obedecer e socorrer aos pais. Cobrir as necessidades dos filhos, educando-os, corrigindo-os e dando-lhes bom exemplo.

05-NÃO MATAR: Respeitar a vida natural e sobrenatural (espiritual); respeitar a honra e a fama, rechaçar o homicídio, o suicídio e qualquer ofensa. Não praticar nem colaborar em abortos. Rejeitar todo tipo de violência.

06-NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE: Guardar a pureza e a castidade (domínio e moderação dos próprios desejos sexuais). Repelia a luxúria (apetites sexuais desordenados), a fornicação, a masturbação e qualquer ocasião de pecado.

07-NÃO FURTAR: Respeitar o direito da propriedade e pagar as dívidas. Reparar os danos espirituais e materiais. Rechaçar toda forma de roubo, vigarice, usura, prejuízo ou acumulação improdutiva de riqueza.

08-NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO: Respeitar a verdade, a reputação do próximo, a honra e a fama. Rechaçar a mentira, a hipocrisia, a calúnia, a adulação (elogio falso e interessado), a fofoca, juízos ou comentários tendenciosos.

09-NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO: Fidelidade conjugal, pureza, castidade e respeito ao casal e ao esposo ou esposa do próximo.

10.-NÃO COBIÇAR OS BENS ALHEIOS: Respeitar a propriedade dos demais, repelir a inveja, a ambição e a avareza.


OS 5 MANDAMENTOS DA IGREJA

01-Participar da Missa inteira aos domingos e festas de guarda.

02-Confessar os pecados, pelo menos uma vez ao ano, quando se vai comungar e em perigo de morte.

03-Comungar no mínimo uma vez ao ano, pela Páscoa da Ressurreição.

04-Jejuar e abster-se de comer carne, quando pede a Igreja.

05-Contribuir com o sustento da Igreja de Deus, na medida das possibilidades de cada um (pagar o dízimo).


A GRAÇA

O que é a graça?
Ser cristão não é fácil, mas Deus não nos abandona. Para que possamos ser autênticos cristãos, Deus nos dá um Dom muito especial: a Graça.

A graça é a participação na vida de Deus: Ele nos comunica sua própria vida, que é tal qual uma força interior que nos move a fazer o bem.

A graça requer nossa cooperação e só é eficaz, se eu colaboro com ela, com meu próprio esforço. Obtêm-se a graça principalmente pela oração, as boas obras e os sacramentos.

A graça e os Sacramentos:

Os meios mais importantes através dos quais Deus nos concede a graça, são os Sacramentos. Ele foram instituídos por Jesus Cristo e são sinais sensíveis e eficazes que produzem e significam a graça.

  • SINAIS: Porque tem um elemento formal (palavras) e um elemento material (coisas), que significam uma realidade concreta.
  • SENSÍVEIS: Porque podemos percebê-los materialmente, pelo sentidos.
  • EFICAZES: Porque realizam realmente aquilo que significam: produzem (transmitem de Deus) a graça.

OS SACRAMENTOS

Os Sacramentos são sete e são todos administrados pela Igreja.

01-BATISMO: nos faz cristãos, filhos de Deus e membros da Igreja, ou seja, nascemos para a Vida Divina.

02-CONFIRMAÇÃO ou CRISMA: recebemos os dons do Espírito Santo e nos tornamos soldados e apóstolos de Cristo.

03-PENITÊNCIA ou CONFISSÃO: perdoa os pecados cometidos depois do Batismo. Devemos nos confessar pelo menos uma vez ao ano, em perigo de morte, ou quando nossa consciência nos acusa de pecado grave.

Uma boa confissão requer:
a) Exame de consciência.
b) Arrependimento dos pecados.
c) Propósito firme e sincero de não mais pecar.
d) Dizer todos os pecados.
e) Cumprir a penitência.

Além de perdoar os pecados e nos dar a graça, este sacramento também nos dá forças para lutar contra as tentações.

04-EUCARISTIA: instituída por Jesus Cristo na Última Ceia, é a re-atualização do sacrifício de Cristo. No momento da consagração, se fazem presentes real, verdadeira e substancialmente o Corpo e o Sangue de Cristo, sob a forma de pão e vinho.

05-UNÇÃO DOS ENFERMOS: é o sacramento que alivia e conforta o cristão gravemente enfermo; estando arrependido e não podendo confessar-se, o enfermo tem seus pecados perdoados; ele dá forças ao doente para resistir às tentações e ajuda a suportar a enfermidade. Também podem recebê-lo as pessoas que não estão em perigo de mortes, mas estejam com idade avançada. Todo cristão, enfermo, idoso ou que esteja correndo risco de vida, deve receber este sacramento, enquanto estiver fazendo bom uso da razão.

06-ORDEM: ordena sacerdotes, para que atuem em nome e na pessoa de Cristo, no serviço a Deus e à Igreja. O Sacramento da Ordem lhes dá a faculdade específica de transmitir a graça de Deus.

07-MATRIMÔNIO: santifica a união de um só homem com uma só mulher, ate’ que a morte os separe; dá-lhes também a graça para cumprir seus deveres de esposos e de pais.


BATISMO E CONFIRMAÇÃO BATISMO: Pelo Batismo, o novo cristão recebe o Espírito Santo, nasce para a vida da graça e torna-se Filho de Deus; incorpora-se a Cristo e à seu Corpo Místico que é a Igreja. Quando um homem é batizado, desprende-se de tudo quanto o separa de Deus. Renuncia ao mal, ao demônio e às suas tentações; promete dar testemunho de Cristo e viver como cristão. O Batismo supõe a fé, por isso, quando se batiza uma criança, deve-se garantir que será instruída na fé, através de seus pais e padrinhos. Ele é indispensável para a salvação e habilita o cristão a receber os outros sacramentos. A água do Batismo representa a graça que nos purifica do pecado, incorporando-nos a Cristo e à sua Igreja.

CONFIRMAÇÃO ou CRISMA: A Confirmação é a plenitude do Batismo. Por este Sacramento somos fortalecidos, recebemos mais uma vez o Espírito Santos, que nos concede seus dons na ordem de sua missão. Através desta missão, o crismado, já humana e espiritualmente amadurecido se compromete livre, voluntária e conscientemente a estender o Reino de Cristo na terra, trabalhando ativamente para a salvação dos homens. No mundo em que vivemos, abraçar esta missão implica esforço e luta. Por isso, o crismado se converte em apóstolo e soldado de Cristo.


OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Os dons que o Espírito Santo concede ao crismado, são:

01-ENTENDIMENTO: ilumina nossa inteligência para captar as verdades reveladas por Deus.

02-CIÊNCIA: ilumina nossa inteligência para julgar retamente a realidade das coisas criadas, de acordo com o Plano de Deus.

03-TEMOR DE DEUS: é o profundo respeito e reverência que temos frente a Deus, levando-nos a amar e cumprir sua Vontade, afastando-nos do pecado.

04-SABEDORIA: nos faz fixar a vista no fim para o qual fomos criados. Conformados a ele, nos faz julgar as coisas da terra e familiarizar-nos com as coisas de Deus.

05-CONSELHO: nos ajuda a entender com prontidão o que se deve fazer em circunstâncias concretas, especialmente as mais difíceis.

06-FORTALEZA: nos dá força e energia para lutar o “combate da fé”, e também enfrentar as dificuldades que se nos apresentam, por sermos coerentes com nossa fé.

07-PIEDADE: nos faz ter maior amor a Deus, nosso Pai. Somos crismados por meio da unção em nossa testa, feita com o Óleo do Crisma. Esta unção significa que nos convertemos em soldados de Cristo, marcados por Deus para trabalhar pela salvação do mundo.


OS SETE PECADOS CAPITAIS

Os pecados capitais são pecados “cabeças”, princípios, pontos de partida de outros pecados. São sete: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça. Os demais pecados por nós cometidos são sempre uma variação de um dos pecados capitais, ou ainda, uma combinação dos pecados capitais.

Vejamos cada um deles denunciados pela Palavra de Deus.

  1. Soberba: relativo ao nosso orgulho, onde nos achamos melhor que todo mundo, não respeitando o próximo e passando por cima de tudo e de todos. Você se torna o seu próprio Deus pois a glória de tudo o que você faz sempre vai para você mesmo. O seu umbigo passa a ser o centro do universo. (Eclo 10,15; Romanos 3,27; Gálatas 6,4; Mateus 18,3)
  2. Avareza: relativo ao apego e ao amor ao dinheiro. O dinheiro passa a ser tudo para você e você acredita que com o dinheiro pode fazer tudo e comprar tudo, inclusive as pessoas. As pessoas passam a valer menos que seu dinheiro. Seu deus se torna o dinheiro. (Mt 6,24; 1Timóteo 6,10; Marcos 10,21-22; João 12,5-6).
  3. Luxúria: relativo ao apego aos prazeres sexuais. Sua vida passa a girar em torno do sexo. Se você vê um homem/mulher já pensa em sexo. Como exemplo da luxúria podemos citar: o adultério (traição) e a fornicação (sexo no namoro ou sexo fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do próximo, a masturbação, o homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia (sexo com animais). (2Pedro 2,13; Levítico 18, 20.22; Êxodo 20,17; Mateus 5,27; 1Coríntios 6,15; Gênesis 38,9-10).
  4. Ira: quando brigamos a qualquer momento e com qualquer pessoa mesmo sem ter motivo. Quando guardamos mágoa ou rancor por alguém e não perdoamos as 70×7 que Jesus nos manda. (Mt 5,22; 21,12; 23,27).
  5. Gula: quando comemos até não agüentar mais, chegando até mesmo a passar mal. Quando já saciamos nossa fome mas comemos o bife do outro deixando-o sem comida. (Filipenses 3,19; Isaías 5,11).
  6. Inveja: quando queremos ter algo igual só porque nosso próximo tem, trata-se do famoso olho gordo. Relativo a cobiça e a todo tipo de inveja, inveja da mulher, inveja das amizades, inveja do emprego, inveja dos bens materiais, etc. (Sabedoria 2,24; Gênesis 4,1-16; Mateus 10,42-43; 20,1-16; Gênesis 37,4; 1Samuel 18,6-16).
  7. Preguiça: quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo. (Eclesiástico 33,28-29; Provérbios 24,30-31; Ezequiel 16,49; Mt 20,6)

COMO FAZER UMA BOA CONFISSÃO

Disse Jesus: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13); “Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam se arrepender” (Lc 15,7); “Se perdoardes aos outros as ofensas que eles vos fizeram, também vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não lhes perdoardes, também o vosso Pai não vos perdoará” (Mt 9,13); Disse Jesus aos Apóstolos: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados. A quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,22-23)

EXAME DE CONSCIÊNCIA

I- O Senhor diz: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma” (Dt 6,5).

Que lugar ocupa Deus na minha vida? Amo verdadeiramente a Deus com todo o meu coração, ou vivo apenas preocupado com as coisas materiais – trabalho, negócios, riquezas, bem-estar temporal? Procuro cultivar a minha fé e a minha formação cristã, participando de cursos, lendo a Bíblia, o catecismo, etc? Rezo todos os dias e procuro que os meus familiares também rezem? Participo habitualmente da Missa aos domingos e dias santos, ou falto sem motivo justificado? Respeito os bens alheios? Recusei-me, sem razão, a dar ou a emprestar? Consagro a Deus o meu trabalho, estudo, doença? Nas dificuldades, recorro a Deus com fé e perseverança, ou consulto benzedeiras, centros, seitas e outras coisas que não condizem com a fé? Colaboro nas atividades apostólicas da minha paróquia, ou vivo completamente à margem? Contribuo com o Dízimo?

II- O Senhor diz: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12).

Reparto os meus bens com os que são mais pobres do que eu? Ou sou avarento e egoísta, querendo sempre o melhor para mim? Dedico parte do meu tempo aos doentes, à catequese, aos marginalizados? Por quanto depende de mim, defendo os oprimidos? Sou honesto no emprego, sério no trabalho e nos negócios? Apodero-me do que não é meu? Prejudico os outros? Engano-os? Faço juízos temerários, critico, rogo pragas, alimento ódio contra alguém? Como filho: sou obediente e respeitador com os meus pais? Ajudo-os nas necessidades espirituais e materiais? Dou-me bem com os irmãos? Como pai ou mãe: sou solícito na educação e formação cristã dos meus filhos? Sou demasiado exigente e intolerante para com as suas faltas, originando conflitos desnecessários? Como marido ou esposa: sou fiel e amo com todo o coração? Observo a lei moral e cristã no uso do matrimônio? Aceito como dom de Deus os filhos, ou tento eliminá-los provocando o aborto? Aconselhei ou colaborei para que alguém fizesse o mesmo?

III- O Senhor diz: “Sede perfeitos, como o vosso Pai do Céu” (Mt 5,48).

Procuro viver na presença de Deus, fazendo o possível para O agradar, ou vivo como se Deus não existisse? Recorro ao sacramento da reconciliação quando tenho necessidade? Comungo com freqüência? Suporto com paciência e espírito de fé as contrariedades da vida? Guardo os meus sentimentos e todo o meu corpo na pureza e na castidade, como templo que sou do Espírito Santo? Na condução de veículos, respeito as regras de trânsito? Uso todas as cautelas para não pôr em risco a minha própria vida e a dos outros? Abuso da comida ou da bebida? Tomo ou contribuo para que os outros tomem drogas prejudiciais à saúde? Provoco escândalo com as minhas conversas, atitudes, maneiras de vestir? Deleito-me a ver filmes, programas de TV ou fotografias imorais?

Confissão: É o momento de apresentar-se ao sacerdote, e com muita naturalidade, confessar os pecados. É preciso ser claro e objetivo, sem justificações. Há outras pessoas que esperam para ser atendidas.

Ato de Contrição: Invoquemos a misericórdia de Deus! Tende piedade de mim, ó Deus, pela vossa grande misericórdia a apagai os meus pecados. Criai em mim, ó Deus, um coração puro. (Sl 50).
Meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou arrependido por ter pecado, pois ofendi a Vós, que sois tão bom e misericordioso. Perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar.

Absolvição: Terminada a confissão, o sacerdote pronuncia as palavras da absolvição fazendo sobre você o sinal da cruz. Coragem, filho! Os teus pecados estão perdoados. Vai em paz e o Senhor te acompanhe! (Mt 9,2).

Gratidão: Agradeça a Deus repetindo algumas destas expressões: a) A bondade do Senhor veio em meu auxílio! b) A minha alma glorifica ao Senhor e o meu coração exulta de alegria em Deus, meu Salvador! (Lc 1,46-47) c) Dou-vos graças, Senhor, por todos os vossos benefícios.

Penitência: Não se esqueça de cumprir a penitência com orações e obras de caridade.


A CATEQUESE NO BRASIL

por Dom Eugênio Rixen Dom Eugênio Rixen fala sobre a formação catequética no Brasil e seus desafios

A importância da Formação Catequética e a iniciação cristã foi um dos temas da segunda coletiva de imprensa realizada na 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Indaiatuba (SP). O bispo da diocese de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, dom Eugênio Rixen, explicou que, no Brasil, há cerca de 600 mil catequistas “ensinado as nossas crianças a palavra de Deus”.

Ainda segundo dom Eugênio, a iniciação cristã segue três linhas de pensamento. “A primeira é tentar formar discípulos nos ensinamentos de Jesus Cristo, ou seja, evangelizando. A segunda diz respeito aos processos de formação dos novos catequistas que devem se apaixonar por Jesus e por seus ensinamentos, pois só assim conseguiremos atrair novos adeptos à palavra de Deus. Terceiro, celebrar a fé, o que nós fazemos na liturgia, por exemplo. Uma fé que não é celebrada em liturgia, como Jesus nos ensinou, não pode ser uma verdadeira fé”, explica.

As barreiras

Questionado sobre as dificuldades em formar novos catequistas, dom Eugênio fala abertamente que “hoje, sem dúvida, há um desafio enorme em formarmos novos catequistas e vejo que esta crise econômica vem nos atrapalhando ainda mais, pois a falta de dinheiro e de emprego transforma as pessoas. Elas ficam desprotegidas, principalmente da palavra de Deus. E é nessas horas em que devemos agir de forma mais direta. Muitos falam que catequese é coisa de criança, mas não podemos esquecer o exemplo de Jesus Cristo, que ‘catequizava os adultos sem se esquecer de abraçar as crianças’. Queremos estar mais no mundo dos adultos, dos deficientes, dos pobres”.

Segundo dom Eugênio, a grande rotatividade dos catequistas também dificulta sua formação. O bispo lembra, no entanto, que esforço não tem faltado para capacitar os catequistas. “Queremos fortalecer as escolas catequéticas em todo o país, nas dioceses e nos regionais. Estamos abrindo vários cursos de pós-graduação em pedagogia catequética, com reconhecimento pelo Ministério da Educação, isso ajudará a graduar melhor os nossos futuros catequistas, diminuindo a evasão”.


ORAÇÕES AO ESPÍRITO SANTO

ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO

Vinde , Espírito Santo , enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus , que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo , fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

VEM ESPÍRITO SANTO

Vem, Espírito Santo, e envia do alto do céu um raio da Tua luz. Vem, pai dos pobres, doador da divina graça, e luz dos corações. És consolo e defensor, amável hóspede dos corações, e alívio incomparável. És descanso no trabalho, brisa no calor ardente e consolo na aflição. Ò ditosa luz divina, ilumina plenamente o coração dos Teus fiéis. Sem Ti não pode haver em homem algum, jamais, inocência nem bondade. Vem livrar-nos do pecado, abrandar a nossa aridez e curar as nossas feridas. Concede-nos que possamos superar a nossa obstinação, vencer a nossa apatia, e nos guardar no bom caminho. Aqueles que crêem em Ti e em Ti confiam, concede os Teus sete dons sagrados. Como prêmio da virtude, dá-lhes a felicidade e a alegria eterna.

ORAÇÃO PELA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO

Vem, Espírito Santo, e renova em mim a chama do Teu amor. Enche-me de fé, Senhor, e revela com a Tua luz todos os meus pecados e traumas. Liberta-me, Espírito Santo, e faz de mim uma nova criatura. Santifica o meu espírito e alma, renovando também todo o meu ser, emoções, mente, ouvidos, olhos, lábios e atos. Capacita-me a viver a Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo em toda a sua profundidade. E agora, Santo Espírito, dá-me os Teus dons para que eu possa melhor servir o reino de Deus, amando, indistintamente, todos os meus irmãos. Mas, acima de tudo, derrama o dom do louvor, para que, em tudo e por tudo, eu glorifique o Senhor Nosso Deus. Em nome de Jesus. Amém.

ORAÇÃO PELOS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Espírito Santo, concedei-me o dom da sabedoria, a fim de que cada vez mais aprecie as coisas divinas e, abrasado pelo fogo do vosso amor, prefira com alegria as coisas do céu a tudo o que é mundano e me una para sempre a Cristo, sofrendo neste mundo por Seu amor. Espírito Santo, concedei-me o dom do entendimento, para que, iluminado pela luz celeste da vossa graça, bem entenda as sublimes verdades da salvação e da doutrina da santa religião. Espírito Santo, concedei-me o dom do conselho, tão necessário nos melindrosos passos da vida, para que escolha sempre aquilo que mais vos seja do agrado, siga em tudo vossa divina graça e saiba socorrer meu próximo com bons conselhos. Espírito Santo, concedei-me o dom da fortaleza, para que despreze todo respeito humano, fuja do pecado, pratique a virtude com santo fervor e afronte com paciência, e mesmo com alegria do espírito, o desprezo, o prejuízo, as perseguições e a própria morte, antes de renegar por palavras e obras a Cristo. Espírito Santo, concedei-me o dom da ciência, para que conheça cada vez mais minha própria miséria e fraqueza, a beleza da virtude e o valor inestimável da alma e para que sempre veja claramente as ciladas do demônio, da carne, do mundo, a fim de as evitar. Espírito Santo, concedei-me o dom da piedade, que me tornará delicioso o trato e colóquio Convosco na oração e me fará amar a Deus com íntimo amor como a meu Pai, Maria Santíssima e a todos os homens como a meus irmãos em Jesus Cristo. Espírito Santo, concedei-me o dom do temor de Deus, para que eu me lembre sempre, com suma reverência e profundo respeito, da vossa divina presença, trema como os anjos diante da vossa divina majestade e nada receie tanto como desagradar vossos santos olhos! Vinde, Espírito Santo, ficai comigo e derramai sobre mim vossas divinas bênçãos. Em nome de Jesus. Amém.


OS DEZ PRINCÍPIOS DE COMO SE APLICA A AUTORIDADE ESPIRITUAL

  • Viver em comunhão diariamente com Deus em oração. Reservar um tempo para orar.
  • Ter um tempo dedicado à leitura e meditação da palavra de Deus. Aplicar, estudar, meditar a palavra. Confessar diante do Senhor, com regularidade. Viver na Eucaristia, participar mais de uma vez por semana, pelo menos no domingo.
  • Persistir na intercessão. Ficar firme na oração.
  • Falar sobre alguém para Deus. Não precisa falar para todo mundo de Deus.
  • Procurar compreender na compreensão no poder que há no nome de Jesus. Orar e repreender no nome de Jesus se ele está em nossa vida. Há poder no nome de Jesus.
  • Olhar a nossa conduta de filho de Deus de acordo com o Evangelho. Forma de relacionar com as pessoas, com o dinheiro, com as coisas materiais a luz do Evangelho de Jesus.
  • Procurar reconhecer e ter capacidade de reconhecer os ataques do inimigo. Ter discernimento com o dom do Espírito Santo. Não lutar contra alguém, lutar no campo espiritual.
  • Viver em submissão à vontade de Deus. Aceitar tudo e até os problemas que sejam da vontade de Deus. Como no “Pai Nosso: seja feita a vossa vontade”.
  • Inconformidade para com aquilo que Deus não criou para nós. Deus não nos criou para a miséria, para a depressão, para ser pisado pelos outros, criou-nos para ser uma pessoa livre, vitoriosa, mesmo que passe por problemas. Devemos aplicar-nos a mudança.
  • Exercer os carismas com os quais o Espírito Santo deixou para a Igreja. Dom de cura, de milagre, de falar em línguas, de profetizar.

ESTUDO CATEQUÉTICO

Além das informações acima, importantes para a Formação Catequética, apresentamos também um estudo teológico catequético que está distribuído nas seguintes páginas:

  1. Os Fundamentos da Fé –
  2. A Bíblia comentada –
  3. Os Sacramentos –
  4. O Pecado e a Fé –
  5. Os Dez Mandamentos –
  6. A Oração do Cristão –
  7. A Igreja e sua missão –
  8. A Missa comentada –